· 2016
Devolvemos ao público este volume de correspondência de Caio Fernando Abreu, esgotado havia vários anos, depois da pioneira edição pela editora Aeroplano, de 2002, uma iniciativa de Heloisa Buarque de Hollanda, composta por cartas enviadas por Caio a Maria Adelaide Amaral, Hilda Hilst, Flora Süssekind, Cida Moreira, Gilberto Gawronski, Jacqueline Cantore, João Silvério Trevisan, Mario Prata, entre outros. A presente edição das cartas de Caio marca os vinte anos de sua morte, ocorrida em 1996, e vem atualizada e enriquecida pelo acréscimo de cartas e cartões. Com prefácio e organização de Italo Moriconi, a edição sai exclusivamente em e-book.
· 2022
Caio Fernando Abreu is one of those authors who is picked up by every generation... In these surreal and gripping stories about desire, tyranny, fear, and love, one of Brazil’s greatest queer writers appears in English for the first time In 18 daring, scheming stories filled with tension and intimacy, Caio Fernando Abreu navigates a Brazil transformed by the AIDS epidemic and stifling military dictatorship of the 80s. Tenderly suspended between fear and longing, Abreu’s characters grasp for connection: A man speckled with Carnival glitter crosses a crowded dance floor and seeks the warmth and beauty of another body. A budding office friendship between two young men turns into a surprising love, “a strange and secret harmony." One man desires another but fears a clumsy word or gesture might tear their plot to pieces. Abreu writes the stories of people whose intimate lives are on the verge of imploding at all times. Even simple gestures—a salvaged cigarette, a knock on the door from the hazy downpour of a dream, a tight-lipped smile—are precarious offerings. Junkies, failed revolutionaries, poets, and conflicted artists face threats at every turn. But, inwardly ferocious and secretly resilient, they heal. In these stories there is luminous memory and decay, and beauty on the horizon. Translated by Bruna Dantas Lobato, currently an Iowa Arts Fellow and MFA candidate in Literary Translation at the University of Iowa.
A forty-year-old Brazilian journalist reduced to living in a dilapidated building inhabited by a bizarre human fauna—fortune-tellers, transvestites, tango-loving Argentinean hustlers—is called upon to track down and write the story of Dulce Veiga, a famous singer who disappeared twenty years earlier on the eve of her first big show. Thus begins a mad race through an underground, nocturnal São Paulo among rock bands with eccentric names, feline reincarnations of Vita Sackville-West, ex-revolutionaries turned junkies, gay Pietas, echoes of Afro-Brazilian religions, and intimations of AIDS . . . Constructed like a mystery, the novel unravels over a week, evoking a decadent and contaminated atmosphere in which the journalist's own search for meaning finds its expression in the elusive Dulce Veiga, who constantly appears to him as if in a dream, her arm pointing heavenward. Whatever Happened to Dulce Veiga? is a descent into the underworld of contemporary megalopolises where, like the inside of a huge TV, life intermingles with bits of music, film clips, and soap opera characters in a crazy and macabre dance, moving toward a possible catharsis.
· 2022
O romance de estreia de um dos autores mais marcantes da literatura brasileira. Escrito quando Caio Fernando Abreu tinha apenas dezenove anos e publicado poucos tempo depois, em 1971, Limite branco inaugura a trajetória de uma das vozes mais apaixonantes da nossa literatura. Ao longo da trama, acompanhamos as descobertas, os anseios e os temores de Maurício num período intenso e angustiante, quando a infância fica para trás e o caminho que leva à vida adulta não passa de uma incógnita. Para a escritora Natalia Borges Polesso, que assina o posfácio da presente edição, neste livro "há um limite branco, que uma pessoa cruza para amadurecer, no qual as emoções se borram e se sobrepõem e não se tem muito uma ideia de onde começa um sentimento e o outro termina."
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· 2023
Nova edição do livro que rendeu a Caio Fernando Abreu seu primeiro Jabuti, em 1984. Com posfácio inédito de Manoela Sawitzki. Considerado por Caio Fernando Abreu o mais atípico de seus livros, Triângulo das águas reúne três histórias curtas nascidas num rompante: "Foi preciso aceitar escrevê‐lo meio às cegas, correndo todos os riscos". Inseparáveis, as bases deste tripé — "Dodecaedro", "O marinheiro" e "Pela noite" — estão entre os melhores exemplos da emoção, da sensibilidade e, sobretudo, do anseio por mudança que moviam o autor, presentes em toda a sua obra. Como define a escritora Manoela Sawitzki, que assina o posfácio desta edição, "a simbologia das águas em movimento, que lavam e carregam impurezas, células mortas, é explorada neste livro por Caio F. com uma capacidade de entrega rara, que frequentemente o esgotava, assim como parece tê‐lo ajudado a fluir da noite escura à claridade que tanto buscava".
· 2019
O mais célebre livro de Caio Fernando Abreu. Inclui posfácio inédito de José Castello. Em sua obra mais célebre, publicada em 1982, quando tinha trinta e quatro anos, Caio Fernando Abreu faz transbordar de cada página a angústia, o desassossego e o estilo confessional que o consolidaram como uma das vozes mais combativas e radicais de sua época. A prosa visceral dos dezoito contos de Morangos mofados — potencializada pela hesitação coletiva de um país que vislumbrava a redemocratização ante a falência incipiente do regime militar — traduziu as inconstâncias humanas mais profundas e continua, ainda hoje, arrebatando leitores de todas as gerações. Para José Castello, que assina o posfácio desta edição, embora seja um livro de narrativas curtas, "a obra mantém uma férrea unidade, em torno da coragem de se despir, da fidelidade aos sentimentos mais íntimos e mesmo os mais terríveis, e ainda à dificuldade de ser". * Leitura obrigatória do vestibular da UNICAMP.
· 2011
Nos contos de Caio Fernando Abreu, o leitor encontrará um retrato desesperado do Brasil contemporâneo, repleto de imagens sensoriais, descritas com uma linguagem lírica e poderosa. Neste livro são apresentadas oito histórias e um conto inédito. "Em suas ficções, o brasileiro Caio Fernando Abreu evoca um mundo lívido com rara e amarga pungência. Seus quatro livros publicados na França nos mostram um escritor de absoluto primeiro plano." (L'Express)
· 2025
Reunião de contos que se consagrou como uma das obras mais admiráveis do período da contracultura. Com posfácio inédito de Carol Bensimon. Lançado em 1975, este volume reúne 21 contos de uma das vozes mais contundentes e apaixonantes da literatura brasileira. Escrito entre 1969 e 1973, o segundo livro de Caio Fernando Abreu retrata de modo singular a violência, a fragilidade, as paixões e os anseios de personagens que têm como pano de fundo o Brasil dos anos de chumbo. No posfácio à nova edição, Carol Bensimon observa o modo como o autor retrata o arco que começa na adolescência e segue até a vida adulta. Para ela, O ovo apunhalado foi escrito por "um Caio atormentado, cheio de dúvidas, visceral, autêntico, às vezes nostálgico, mas sempre fiel a seus desejos. Intenso".
· 2006
O brilho da trajetória literária de Caio Fernando Abreu só encontra paralelo na sua coragem em tratar temas chamados malditos, numa literatura tão bem comportada como a nossa. Ele foi o primeiro (ou dos primeiros) a tratar de drogas, rock, cultura pop, e a aprofundar os problemas do mundo gay. Seus contos ferem como uma facada.