· 2013
Os processos societais – culturais, políticos, educacionais, religiosos, etc. – contemporâneos passaram a ter como enquadramento o contexto global, que desafia a escala de compreensão do enraizamento local, da familiaridade do que é próximo. A tecnologia sempre desafiou os modos de fazer, agir e compreender. Hoje a tecnologia informática em simbiose com as telecomunicações criaram uma nova camada, uma nova eco-techno-esfera que envolve todos os espaços, mesmo os que não têm acesso à rede Internet, na medida em que por esta são afetados porque lhes confere a condição de exclusão. A eco-techno-esfera criada pela Internet intensifica-se com o protagonismo de um dos seus serviços, a World Wide Web ou Web que progressivamente nele tem subsumido os demais serviços da Internet. Este protagonismo da Web exponencia-se com a passagem da Web 1.0 para a Web 2.0 com o protagonismo assumido pelos usuários que passam a ter um papel fundamental na dinâmica de uso e crescimento dos serviços e dos conteúdos e, agora, com a Web 3.0 em que a busca semântica se apresenta como resposta ao extravasamento de dados gerados pelos usuários que faz florescer a importância do designado big data. É neste contexto que o presente livro se propõe contribuir com textos que apresentam, equacionam e refletem sobre o impacto das tecnologias nas práticas culturais, educacionais e de consumo. Embora a metáfora do impacto não seja a de maior rigor, dado que as tecnologias nascem e desenvolvem-se no seio da própria sociedade, logo, não veem do exterior impactar, como um projétil; o certo é que a sua extrema influência na dinâmica das práticas societais nos conduz ao uso do conceito de impacto, no sentido de grande poder de modificar. Apesar da ideia de novidade que tendencialmente se associa à tecnologia, na realidade a sua própria evolução faz-se num processo dialético entre inovação e o que estava estabelecido, numa espiral que não rompe de forma abrupta, dramática, com o estado anterior. Daí que o conceito de remediation proposto por David Bolter e Richard Grusin surge como uma boa ferramenta analítica. E isso é tanto mais adequado quanto o campo central de análise é a educação. O espaço formativo central continua a ser a escola e ela é um espaço de remediation por excelência, onde se confrontam o velho e o novo, o estabelecido e a irreverência, as literacias clássicas e as novas literacias infocomunicacionais em ambientes digitais, o on e o off-line, o analógico e o digital, a lentidão e a velocidade, o cânone e a crítica, etc.. A escola é, portanto, uma arena privilegiada para se sentir que “De tudo ficou um pouco” para usar as palavras de Drummond de Andrade. Os capítulos do presente livro estão focalizados em torno de um conjunto de problemáticas tendo a educação como matriz transversal, mesmo quando implícita. Lídia Oliveira - Universidade de Aveiro, Portugal.
· 2021
O compartilhamento de arquivos pela Internet, prática reconhecida pela indústria cultural como pirataria pela quebra dos direitos de propriedade intelectual ao transformar a relação entre consumidor e produto, é um fenômeno popularizado a partir dos anos 2000 com o desenvolvimento tecnológico e das comunicações em rede. Para além dos problemas relacionados ao direito autoral, este estudo procura estabelecer a prática a partir da perspectiva dos "piratas" e oferecer um olhar sobre as características econômicas, sociais e políticas do compartilhamento. A pirataria ressignifica os bens culturais e modifica as formas de consumo e lógicas de mercado ao tornar disponíveis na Internet produtos como filmes e música, entre outros. Realiza também uma forma de contracultura ao tratar criticamente a questão da propriedade intelectual. Essa contestação abre discussões sobre o que significa uma Internet livre, pelo fim da desigualdade no acesso a bens culturais e pela liberdade de circulação de informação.
· 2025
O amor deveria ser a maior religião. Até quando iremos ser cruéis, segregadores, julgadores em nome de uma religião? Por que o amor diferente é desencorajado e rotulado? Precisamos combater o ódio mascarado de fé, mostrando ao mundo a nossa coragem de amar.
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· 2001
O 'Dicionário de Bioética' traz uma seleção de 404 temas sobre o assunto bioética, desde os mais polêmicos até os mais corriqueiros, tratados de maneira objetiva e clara. Os 188 colaboradores deste dicionário são especialistas italianos, portugueses e brasileiros, representantes do mundo empresarial, da política e da economia, o que resultou numa obra de caráter não confessional, mas de diálogo com quem enfrenta os problemas de bioética a partir de diferentes posições religiosas.
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· 2020
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