· 1995
A Brazilian keeps a journal as he reads anunpublished novel by a dead writer. The journalrepresents his attempt to understand the novel andthrough it, its author, a woman with whom he was havingan affair. By the author of Avalovara.
· 1995
Nine, Novena is a collection of nine stories, work that represents the turning point in Lins's career. The recurring themes of these stories - entrapment and search for the self, art versus life, and the mythic aspects of existence - are presented against the background of rural and urban life in northeast Brazil. The stylistic devices of the accessible tales (frequent shifts of tense, long sentences full of parenthetical clauses, heavy punctuation and inversions, and use of graphic symbols to suggest shifts in narrative perspective) all contribute to the multiplicity of meaning and significance of these very human stories.
· 1990
Avalovara is a modern epic on a grand scale, a rich and lyrical novel of quest that considers the difficulties of love and celebrates its pleasures.
· 1961
O fiel e a pedra recorre ao simbolismo do confronto entre o fiel da balança e a pedra de moinho para apresentar a luta de um homem essencialmente ético contra um inimigo poderoso, num mundo pouco afeito à retidão de caráter. No Nordeste dos anos 30, Bernardo, no limiar dos quarenta anos, perdeu um filho e deixou o emprego público para não compactuar com desonestidades. Sem alternativa e quase sem nenhum dinheiro, aceita a oferta de um amigo e vai, com a mulher, administrar a venda de uma propriedade distante. O amigo, entretanto, ao descobrir que a mulher era adúltera, passa para o nome do irmão, Nestor, algumas propriedades, a fim de salvá-las da partilha de bens do divórcio, e acaba tendo uma morte suspeita. O confronto entre Bernardo e o novo patrão é sinuoso: Bernardo só tem a certeza de nunca ter traído as próprias convicções. Nestor, mais que destruir o adversário, quer cooptá-lo. Essa luta desigual é narrada numa estrutura de capítulos curtos que produzem, no conjunto, um relato mítico do confronto arquetípico entre o bem e o mal.
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· 2005
Este romance de 1973 assinala o ápice do percurso literário do pernambucano Osman Lins. TEndo como ponto de partida a intersecção entre uma espiral e um quadrado, nos quais se inscreve uma curiosa frase em latim, o romance cria uma intrincada trama de texto e mundo, em que a imagem dos nomes sobrepõe-se à imagem dos seres e das coisas, compondo um terceiro destino que cabe necessariamente ao homem decifrar. Avalovara intercala oito temas narrativos que atravessam tempos e espaços distintos, de Amsterdã a Recife, de Recife à Roma Antiga, daí a São Paulo e vice-versa, numa narrativa notável, que ambiciona abarcar o mundo e a linguagem em sua totalidade. NEste mergulho no cerne da linguagem, o ritmo poético precede e ordena os nexos narrativos, num casamento entre prosa e poesia que marcou o romance brasileiro contemporâneo. "Avalovara representa na literatura brasileira atual um momento de decisiva modernidade, porque o Autor (como diz a certa altura) exerce 'uma vigilância constante sobre o seu romance, integrando-o num rigor só outorgado, via de regra, a algumas formas poéticas'." do prefácio de Antonio Candido
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· 2005
Nesta que foi a última obra de ficção de Osman Lins, 'um obscuro professor secundário' de biologia tenta, dia após dia, interpretar o único romance escrito por sua falecida amante, Julia Marquezim Enone, chamado A Rainha dos Cárceres da Grécia. Durante a leitura, a voz do professor se mistura com a de sua musa e ambas se dissolvem na trajetória da personagem-narradora criada por Julia, a delirante Maria de França, que empreende uma jornada kafkiana pelos labirintos do inps em busca da aprovação de sua aposentadoria por invalidez. Ao desvendar as desventuras e delírios de Maria de França, o professor contamina a narrativa com suas lembranças. A leitura do livro dentro do livro torna-se uma forma de o professor entender as suas angústias e as de sua amada. Através da memória, as histórias e seus relatos transcendem o tempo, num grande exercício de experimentação da escrita.
· 2025
Neste ensaio singular e clássico na literatura brasileira, Osman Lins reflete de forma original e sem mistificação sobre o ofício do escritor, indo do trabalho criativo até o mercado editorial, a circulação das obras, a crítica e sociedade, em uma visão ampla e, ainda hoje, provocativa. Edição com notas, apresentação e organização de Fábio Andrade, em coedição com a Editora UFPE.
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Todos haviam chegado para a festa de Natal na casa das pastorinhas - o Capitão Gancho, a Chapeuzinho Vermelho, o Amarelinho, o Negrinho do Pastoreio, o Super-Homem, a Cinderela, o Mangaba e Carlitos, entre outros. A cantoria já havia começado, quando chega aquele que não estava na lista, dizendo - 'Artigo primeiro - cessa a cantoria!'. Era o diabo. Insatisfeito com a exclusão, ele resolve 'dar uma lição de moral' - prende todos e diz que até a meia-noite vai matá-los. Inteligente e engraçada, a fábula de Natal criada por um dos mais renomados escritores brasileiros vem acompanhada de um apêndice que detalha as histórias e os personagens do livro.