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  • Book cover of 20 anos do Código Civil Brasileiro

    A dogmática civil brasileira experimentou sensíveis alterações com a elaboração do Código Civil brasileiro de 2002, cuja vigência se deu um ano após. Nada obstante o seu prolongado processo de elaboração, que remonta ao período do último e trise regime militar, sua promulgação no ambiente democrático, inaugurado com a Constituição Federal de 1988, ofertou uma densidade axiológica distinta para as relações jurídico-privadas, que, então, afastam-se de compreensões individualistas e patrimonialistas. A flexibilidade exigida pelas circunstâncias e mutabilidades da vida humana exigem um direito civil que ultrapasse os restritos limites do formalismo jurídico. E, nessa direção, a sociedade brasileira encontrou-se com o seu Código. A realidade jurídica integra uma dimensão normativa, para além da factual e da axiológica. O direito civil culturalmente se afivela a um propósito de realizar aqueles valores relevantes para a constituição de sua ordem, que, sabe-se, não é neutra. E se é fato que o direito segue sendo ars boni et aequi, o direito civil e seu Código oferecem, para além da especificidade de suas regras, um conjunto principiológico que incide sobre a realidade social que quer ordenar, a partir de preceitos éticos. O direito civil não é uma categoria abstrata, apriorística. É produto de larga construção histórica, que parte do Direito Romano, atravessa Revoluções e aporta no século 21, impactado por uma realidade tecnológica disruptiva. Nessa trajetória, afirma-se um direito civil, forjado no calor da história, como um sistema institucional vinculado às relações de liberdade e responsabilidade da pessoa humana, que, com sua dignidade intrínseca, compõe o núcleo e o vértice desse sistema. Pois é nessa dinâmica histórica, articulado com a necessária estabilidade e permanência de um direito civil também codificado, que se pensou este livro. E sob o olhar reflexivo de importantes civilistas, os 20 anos do Código Civil brasileiro servem de ponto de partida para uma alentada análise de diversos temas constitutivos de sua matéria.

  • Book cover of Conteúdo e limites da liberdade religiosa

    Dentre os tantos ensinamentos de São Marcelino Champagnat, santo e fundador do Instituto dos Irmãos Maristas, há um que se destaca para o início deste livro: "A água que não se movimenta estagna; o ferro que nunca é colocado na obra se enferruja; a terra sem cultura se carrega de más ervas, de pestes e de espinhos; a casa que não é habitada se deteriora; assim acontece com a ociosidade". Mais do que um evento ou do que uma obra coletiva, o que já seria muito, este presente livro procura ser aquilo que foi anunciado antes: uma primeira contribuição da Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para o estudo da liberdade religiosa na sociedade contemporânea.