· 2021
"Com a Constituição Federal de 1988 e a consagração da Doutrina da Proteção Integral, delineada pela Lei no 8.069/90, reconfigura-se a visão sobre a criança e o adolescente, que passam a ser considerados como sujeitos de direitos na ordem jurídica brasileira. As relações entre pais e filhos também passam a estar pautadas em tais premissas, de modo que a autoridade parental, nesse contexto, confere aos pais não apenas um direito, mas sobretudo um dever que deve ser exercido em consonância com o melhor interesse dos filhos. Também assistimos no sistema jurídico brasileiro a partir da Lei no 12.010/2009 uma significativa mudança de paradigma, na qual o acolhimento familiar surge como forma de garantir a convivência familiar, visando à proteção de crianças e adolescentes que vivenciam a violação de direitos e buscando fixar diretrizes para políticas públicas apropriadas. (...) Diante de tantas transformações, coube às professoras Ana Carolina Brochado Teixeira e Luciana Dadalto a difícil missão de relacionar em uma obra única os principais questionamentos e desafios que advêm da releitura promovida sobre o antigo pátrio poder, agora reconhecido não como uma potestade dos pais, mas como instrumento para a promoção do desenvolvimento individual dos filhos. A autoridade parental, agora funcionalizada aos interesses dos filhos, demanda uma reflexão constante, sendo os estudos aqui compilados resultado dessa árdua tarefa, complexa e necessária". Tânia da Silva Pereira Advogada especializada em Direito de Família, Infância e Juventude. Mestre em Direito Privado pela UFRJ, com equivalência em Mestrado em Ciências Civilísticas pela Universidade de Coimbra (Portugal). Professora de Direito aposentada da PUC/Rio e da UERJ
· 2025
Mudanças climáticas e “desastres” ambientais gerados pela interferência humana: é desse lugar que as/os autoras/es desta obra nos convidam para o diálogo. Em suas primeiras páginas, são apresentados eventos em série que constituem o tempo dos humanos, o Antropoceno. Esse tempo, ironicamente, é aquele em que humanos parecem lutar em prol de nossa própria extinção. Lutamos também em prol da extinção das outras espécies que dividem conosco o mesmo tempo-espaço. É a partir daí que as/os autores nos provocam. Como podemos ser e estar neste mundo, nessas condições? Seria possível nos mantermos omissos? Nós, como professoras/es, estudantes e pesquisadoras/es, iremos nos posicionar? Como? As respostas para tais questões giram em torno de um argumento: o Antropoceno deve ser a base a partir da qual elaboramos nosso pensamento e nossas propostas sobre educação na atualidade. A síntese da obra, explorada a partir de diferentes temáticas ao longo dos capítulos, é que a educação em ciências deve estar mobilizada e implicada diante do Novo Regime Climático. É a partir de nosso engajamento que teremos condições de afetar nossos estudantes e de também sermos afetados (Trecho da apresentação).